quinta-feira, 11 de março de 2010

Você dorme bem? *


Você dorme bem?

Dormir bem é um sonho de consumo para muitas pessoas. Pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que 40% da população mundial apresenta algum tipo de distúrbio ou síndromes do sono. No Brasil, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira do Sono, comprova que 43% dos brasileiros sofrem de algum tipo de insônia, ou seja, quase metade da população não descansa o corpo e mente durante o sono, permanecendo cansados e com alto grau de irritabilidade no decorrer do dia.
Em seu livro “Como vai o seu sono?” o médico, Ph.D, especialista em sono Dr. Denis Martinez ajuda o leitor a fazer uma pré-avaliação:

Dorme bem:
- adormece logo
- não acorda no meio da noite
- só acorda de manhã, com o despertador
- não lembra dos sonhos ou lembra pouco
- acorda com a cama alinhada
- acorda disposto, refeito
- é silencioso durante o sono
- e se movimenta pouco

Dorme mal:
- custa a adormecer
- acorda três ou mais vezes por semana
- acorda de madrugada e não dorme mais
- lembra dos sonhos e pesadelos
- dessarruma a cama
- acorda mais cansado do que quando deita
- ronca
- fala, grita, se debate
- acorda em posições estranhas na cama
Dormir pouco ou mal pode gerar sérias conseqüências como, por exemplo, déficit de memória, depressão, diabetes, dores difusas, propensão a doenças cardiovasculares e metabólicas tais como obesidade e diabetes, além de quadros de ansiedade.
Pequenas mudanças de hábitos e ajustes no ambiente de dormir podem contribuir para conquistar aquele sono restaurador e um dia seguinte cheio de disposição.
A neurologista Célia Franco, do HC, explica que a boa higiene do sono exige: ambiente adequado com temperatura agradável, ausência de ruídos e pouca luminosidade, algumas horas antes de ir pra cama é recomendável evitar atividades estressantes e não consumir substâncias estimulantes a base de cola como chocolate, álcool e cafeína, o melhor é optar por uma alimentação leve a noite.
O colchão e travesseiros também contribuem efetivamente para a qualidade do sono. Vale lembrar que você passa em média um terço da vida dormindo, portanto é importante estar atento aos modelos que mais atenderão às suas necessidades, já que o investimento no colchão é alto e este será seu aliado por, aproximadamente, 10 anos, tempo médio de vida útil.
Hoje o mercado disponibiliza várias opções tecnológicas para agradar a todos os biótipos e bolsos. Mas a regra número um na compra é: experimente antes de comprar.
O colchão não deve ser duro demais, pois dificulta o relaxamento e também não pode ser macio demais, já que desta forma não permite a sustentação adequada. O modelo ideal permite a acomodação das reentrâncias do corpo para manter a coluna reta e apoiada. É essencial respeitar também o peso e altura do individuo, e o casal deve considerar a medida média e ainda a individualidade do molejo, desta forma os movimentos de um deles na cama torna-se imperceptível para o outro, evitando o despertar desnecessário.
Colchões e suas tecnologias
Existe no mercado uma variedade muito grande de colchões, no Brasil há ainda o predomínio de espuma, seguido por molas, e em menor escala viscoelástico e látex, uma nova tendência.
Embora o mercado disponibilize modelos com diferentes densidades, que deve ser considerada em relação ao peso e altura do consumidor, a espuma é classicamente destinada ao conforto, e não oferece suporte de peso, por ter que cumprir função extra, sua vida útil é consideravelmente menor, cinco anos, já que a fadiga ocorre mais aceleradamente.
Segundo Elisabete Bustamante, gerente da Flex do Brasil, “o colchão deve cumprir duas funções: ser firme o suficiente para oferecer suporte adequado para a coluna e flexível o bastante para oferecer conforto”.
Como atende as duas necessidades, o colchão de molas com seus sub-grupos está entre os mais recomendados. Estes modelos tem duas matérias-primas principais, espuma e aço.
No molejo tradicional ou bonnell, como também é conhecido, as molas tem formato bicônico, neste caso quanto maior for a quantidade de molas, mais estruturado é o colchão.
Os de molejo firmes, conhecidos como mola LFK, fio continuo ou off-set, oferecem suporte mais firme graças ao desenho das molas e também pela grande quantidade de aço na qual estão estruturados, criando uma relação direta também com a durabilidade, média de dez anos.
Nesta categoria, a Flex do Brasil acaba de lançar o colchão Kapok. A estrutura de molas LFK garante firmeza e estabilidade correta, o modelo ainda foi produzido com um sistema encapsulado composto por um quadro de reforço em todo o perímetro do colchão que aumenta a sustentação nas bordas. A camada de conforto é composta por uma manta tecnológica termossensíveis Memosense, que acrescida de espuma viscoelática de alta densindade nas camadas internas proporcionam conforto com suporte, o tecido produzido com fibras extraída da árvore Kapok favorece o ajuste preciso às mantas tecnológicas e como é naturalmente termorreguladora, a fibra de Kapok equilibra-se com a temperatura ambiente e propicia um toque de frescor no verão e acolhida mais calorosa no inverno. A camada acetinada que envolve a fibra assegura que qualquer umidade seja imediatamente dispersada. Como exemplo, evita que a transpiração seja absorvida de tal modo que a superfície em contato com o corpo se mantém seca e agradável. Esta camada acetinada também protege o tecido de manchas mais severas.
Há também os colchões de molas ensacadas individuais ou pocket que trabalham separadamente. Pela ação independente de cada mola assegura suporte respondendo a necessidade localizada e é o mais indicado para dormir a dois, já que reflete pouco o movimento do outro e atende à necessidade de pesos diferenciados.
Estas características podem ser observadas no modelo Bamboo Memosense da marca Simmons que além do avançado sistema de molas ensacadas individualmente com 18 cm de altura, recebeu um revestimento em tecido de fibras naturais de bambu que entre outras características possui: alta absorção de umidade, excelente permeabilidade, alta resistência, é hipoalergênico, propriedade bactericida 100% natural e permite manter o frescor no verão e aquecer no inverno. Em sua composição, encontram-se, também, multifilamentos de carbono que por meio de pequenas descargas elétricas permitem liberar as tensões físicas acumuladas no corpo (fio anti-stress).
Em outro grupo e o mais moderno no mercado são os colchões com espumas tecnológicas. Bete Bustamante conta que “este tipo tem custo mais elevado, mas também oferece a melhor relação entre conforto e suporte em suas estruturas. Nas espumas de complexa formulação há diferenciais perceptíveis no acolhimento do corpo e uma série de benefícios distintos”.
No modelo Simmons Dreampedic Orion, o colchão foi desenvolvido com dreampedic viscoelastic, uma espuma de memória com propriedade termossensível, que reconhece o calor do corpo e reestrutura-se internamente buscando o maior contato com o mesmo. O resultado é menor pressão contrária, gerando melhora na circulação sanguínea, aumentando de forma significativa a sensação de conforto e de leveza, evitando assim a necessidade de mudança de posição, contribuindo para não interromper o ciclo do sono, tornando-o mais reparador. A estrutura de suporte do colchão permite o mais correto alinhamento da coluna vertebral, mantendo o corpo em sua posição anatomicamente natural.
E como dormir?
Com um colchão adequado, para o sono ficar melhor ainda é preciso estar atento também à posição. ‘Em geral, o melhor jeito de dormir é na posição lateral, porque a coluna fica mais protegida e a respiração flui melhor. Esse é o melhor jeito, especialmente, para as pessoas que sofrem de refluxo gastroesofágico (queimação de estomago) e distúrbio do sono. Além disso, quando ficamos de barriga para cima, a gravidade empurra a língua e a pessoa tem mais chances de roncar ou de ter apnéia (parada respiratória), explica Lia Bittencourt, médica especialista do Instituto do Sono.

* Colaboração: Léia Santana

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