domingo, 10 de outubro de 2010

Expedicionários da Saúde realizam 7ª expedição para o Haiti


Mais de 1.200 atendimentos e cerca de 400 cirurgias já foram realizados pelos médicos brasileiros naquele país

Desde o início deste ano, quando um terremoto devastou o Haiti, os médicos brasileiros que compõem a ONG Expedicionários da Saúde vêm se mobilizando para tentar dar continuidade aos trabalhos de atendimento às vítimas do país caribenho. Prova disso, são as sucessivas expedições já realizadas ao longo do ano com a única finalidade de poder levar medicina de qualidade às comunidades isoladas. Impulsionados pelos desafios e emoções já vivenciados, os Expedicionários da Saúde realizam a 7a expedição para o Haiti.

Na mala, além de alguns objetos pessoais, a disposição de ajudar o próximo impera. A equipe, formada por 10 especialistas (ortopedistas, anestesistas, cirurgiões gerais e enfermeiros), um profissional de logística e um intérprete, já está no Haiti e deve permanecer por lá até o dia 13 de outubro. Segundo o ortopedista Ricardo Affonso Ferreira, membro do Instituto Affonso Ferreira e presidente da ONG Expedicionários da Saúde, ainda não é possível definir até quando os atendimentos deverão ser encerrados.

Instalados no Hospital Canadense Brenda Strafford, em Les Cayes, cidade localizada a 150 quilômetros da capital Porto Príncipe, Ricardo comenta que os “Doctor Brasilien” – que na tradução livre quer dizer “Doutores Brasileiros” –, como são conhecidos pela população, tornaram-se referência na região para tratamento de casos ortopédicos complexos.


“Ainda há uma demanda muito grande por pessoas que buscam e necessitam de um acompanhamento médico. Há cirurgias para serem refeitas e também muitos pacientes que sofrem, diariamente, acidentes de carro e moto, por conta do trânsito caótico na cidade. Há muitos partos e muitos doentes crônicos que necessitam de um atendimento”, diz. Ainda segundo Ricardo, a expedição de agora poderá definir novos moldes de atendimento no Haiti. “Como não existem mais ocorrências de catástrofes, é importante que sejam priorizados atendimentos de urgências de acordo com o grau de cada ocorrência. Para isso, estamos tentando firmar novas parcerias a fim de melhorar e dinamizar os atendimentos”, explica.

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